ELEVATÓRIAS
DE ESGOTO
Se
a solução de projeto for a de esgoto combinado, ou separador absoluto, tem um
estágio da rede limitado pelo bom senso, pelas normas, e pelo local de
implantação do projeto, e aí é o limite de um trecho ou bacia que se esgota por
gravidade, e a solução é trazer todo volume esgotado para uma cota superior por
onde deve continuar a condução por gravidade.
É nesta condição que iremos
projetar nossa estação elevatória de esgoto (EEE), que pode ser classificada
como de pequeno, médio e grande porte, e que será fator fundamental para
definição de suas características de projeto.
Elevatórias de Pequeno Porte
Estas
elevatória caracterizam-se por elevar pequenas vazões, e consequentemente são
de baixa potência, e estão localizadas na rede coletora.
As
elevatórias de pequeno porte, por estarem localizadas na rede coletora, fazendo
parte integrante destas, geralmente estão localizadas em áreas de elevado
impacto de vizinhança, e nesta condição não deve emanar odor, ser adequada com
o meio ambiente, ter arquitetura não impactante, ruídos reduzidos entre outros.
Elevatórias de Médio e Grande
Porte
Estas
elevatórias, são responsáveis por médias e grandes vazões, e estão localizadas
em coletores tronco.
Estas
elevatórias com raras exceções, geralmente estão localizadas em fundos de
vales, e em locais que permitem obras com características mais impactantes na
vizinhança.
Uma
regra é fundamental neste projeto de elevatória, deve ser construída com
facilidades de manutenção, pois projetar e construir é moleza, o duro é operar,
e esta demora toda vida útil do projeto.
Como exemplo, desta inversão de quem projeta sem pensar como será a operação, citamos uma elevatória construída
na cidade de Paranatinga a cerca de 350 Km da capital Cuiabá, nesta elevatória
o operador toda semana deveria literalmente MERGULHAR, na merda para
desobstruir o crivo das bombas, é um verdadeiro absurdo e desumano, tudo devido
a uma concepção de projeto.
EEE – Paranatinga
EEE – Interior do Poço de Sucção
Operar
portanto é a questão fundamental em que o projetista deve se concentrar quando
da concepção do projeto, e três pontos são fundamentais:
-
O Lixo
-
Os Equipamentos e
-
A continuidade da operação
Se
o projeto está na fase de concepção, em qualquer situação sugerimos que se
utilize as recomendações da NTS 217, com o rigor de utilizar a caixa de
passagem com grade para todas as ligações domiciliares. Pois já está mais do
que comprovado a ineficiência das campanhas de orientações para o uso adequado
da rede coletora de esgoto, e assim o problema fica transferido para o usuário, que passará a ter os cuidados
necessários em decorrência das consequências advindas do mau uso.
Com esta condição, minimizamos a operação com a retirada do lixo, o que já é um grande avanço no impacto de vizinhança.
Quanto
aos equipamentos, temos a disponibilidade de utilização de BOMBAS SUBMERSÍVEIS,
BOMBAS AUTOESCORVANTES, e BOMBAS CONVENCIONAIS em Poço seco.
Vamos
nos ater as elevatórias de pequeno porte, onde é relevante as vantagens de uso
das bombas submersíveis, sendo de instalação mais compacta, de fácil remoção, e
robustas no funcionamento.
Com essa aplicação é possível ter instalações
arquitetonicamente harmoniosas, e com impacto nulo no meio ambiente, ocupando
pequenos espaços e convivendo com outros espaços públicos.
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