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sábado, 18 de junho de 2011

TRATAMENTO DE ESGOTO DE TEMPO SECO


Nesta foto do final da década de 40, a Prainha tinha suas próprias estações. No inverno (31º), apenas um filete. No verão (43º), rugia junto com as chuvas dentro dessas casas. Nota-se acima do telhado do luxuoso cabaré “Bar Colorido” a torre da Igreja do Rosário ou de São Benedito. (Blog do Zaviasky)

“O córrego Prainha permitia a entrada de pequenas embarcações até a Praça do Aracaty, atual Ipiranga, ladeada pelo córrego Cruz das Almas, soterrado nas proximidades da Avenida Generoso Ponce, onde às suas margens os homens vendiam os seus pescados à população: (...) o ribeirão Prainha, caudaloso na época, até o mercado abicavam as canoas que subiam o caudal e ali chegavam transportando peixes e o produto das hortaliças cultivadas nas chácaras vicinais do rio Cuiabá para o abastecimento da cidade.

Canal aberto da Prainha na década de 70

“Esse pequeno córrego que nasce nas proximidades, hoje, do bairro Consil e corre rumo ao rio Cuiabá continua deslizando eternamente, no entanto, soterrado e contaminado, murmurando por entre os esgotos da cidade, perfazendo a sua caminhada na qualidade de mísero contribuinte do rio Cuiabá” (Prof. Neila Barreto - Comunicação/Sanecap)
 
  Cena da década de 70, cavalo pastando dentro do córrego, em baixo da ponte da confusão, ......A cidade cresceu e junto veio a urbanização da area central, com a canalização do córrego da prainha.
 
 

Diante da dificuldade de fazer um sistema completo de rede coletora e ligações, e diante de um grande problema que era o lançamento dos córregos da prainha e do Mané pinto no Rio Cuiabá, foi concebido na década de 90, um sistema que foi denominado de esgoto de tempo Seco, por só funcionar em dias sem chuva.

Como a prainha e o Mané Pinto, drena uma grande bacia, foi projetado um coletor tronco para conduzir o córrego Manel Pinto até uma elevatória que foi projetada para coletar a prainha, e conduzir todos os esgotos para a estação de tratamento Zanildo costa Macedo no parque de exposição.

A tecnologia possibilitou uma melhora na qualidade da água do rio Cuiabá, pois durante o período de estiagem quando a sua vazão atinge um valor mínimo, foi retirada toda carga poluidora dos esgotos da zona central da cidade e adjacências do córrego manel Pinto.



A expansão do saneamento de "tempo seco" é tido como uma saída para cidades complexas, ausência de recursos financeiros para contemplar a coleta, e que obviamente será aproveitado quando da instalação de um sistema definitivo.

Estas instalações são automatizadas, e quando o córrego atinge um patamar de diluição, em decorrência da intensidade da chuva, as comportas são automaticamente fechadas, até o cessar das chuvas.





terça-feira, 12 de abril de 2011

VAZÃO EM RIOS

VAZÃO DE RIOS

A medida de vazão em uma seção transversal de um Rio é efetuada, normalmente, com o auxílio de “molinete”, com o qual se obtém a medida da velocidade da corrente em pontos preestabelecidos.

Medidor de vazão mecânico



O molinete é um equipamento destinado a medir a velocidade da água em qualquer profundidade do curso d’água. Este equipamento assemelha-se a um cata-vento, cujas hélices giram com maior ou menor velocidade, dependendo da velocidade do vento. O molinete hidráulico faz o mesmo e suas hélices giram mais rapidamente conforme a velocidade do fluxo de água que passa pelas mesmas. Existem molinetes que são utilizados para ambientes com baixa velocidade de fluxo de vazão e outros para ambientes de alto fluxo de vazão, os resultados obtidos podem ser digitais ou analógicos.



                                                               



                                              Medidor de vazão acústico Doppler Portátil

Os molinetes podem ser montados em suportes ou serem suspensos por cabos. Para efetuar-se a tomada das medidas, coloca-se o molinete em uma determinada seção do curso d’água, variando as posições, não só ao longo da seção, mas também ao longo da profundidade. Antes da utilização do molinete, para a tomada de dados, o mesmo deve ser aferido em um laboratório de hidráulica, para que se tenha uma perfeita relação entre o número de voltas dadas pela hélice do molinete com a velocidade da água, em um intervalo de tempo considerado. Para isso o molinete deve ser aplicado em velocidades de correntes conhecidas, contando-se assim, o número de voltas que o mesmo dá em 60 segundos. Destes testes resultam tabelas ou gráficos que serão aplicados nas medições efetuadas em campo

A velocidade da corrente de um fluxo é, normalmente, maior na parte central de um rio do que em suas margens. Em função dessa variação da velocidade

da corrente em diferentes pontos da seção transversal, devem-se obter medidas em diversos pontos tanto na superfície da seção transversal como em diversos níveis.

 

Quando a medição da vazão não exigir elevada precisão pode-se utilizar o método do flutuador, aplicando-se a seguinte equação.

Vazão = (AxLxC)/T (m³/s)

Onde:
A= média da área do rio (distância entre as margens multiplicada pela profundidade do rio).

L= comprimento da área de medição

C= coeficiente ou fator de correção (0,8 para rios com fundo pedregoso ou 0,9 para rios com fundo barrento). O coeficiente permite a correção devido ao fato de a água se deslocar mais rápido na superfície do que na porção do fundo do rio.

T= tempo, em segundos, que o flutuador leva para deslocar-se no comprimento L.

Noticias - A vazão dos maiores rios do planeta caiu nos últimos 50 anos, com mudanças significativas afetando cerca de 30% dos principais cursos d'água.
Uma análise dos 925 maiores rios, de 1948 a 2004, mostra um declínio no fluxo total. Só a redução do volume de água despejado no Oceano Pacífico equivale ao desaparecimento do Rio Mississipi,.

A única região do mundo onde o fluxo de água aumentou foi o Ártico, onde o aquecimento do clima aumenta o derretimento de neve e gelo, dizem pesquisadores liderados por Aiguo Dai, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.
 
Entre os rios que apresentam vazão declinante, vários servem a grandes populações. Entre eles, o Rio Amarelo, o Ganges, o Níger e o Colorado.
 
Houve considerável variação anual na vazão de muitos rios, mas a tendência geral foi de queda: a descarga de água doce anual no Oceano Pacífico caiu cerca de 6%, ou 526 quilômetros cúbicos. No Índico, a queda foi de 3%, ou 140 quilômetros cúbicos. Em contraste, a descarga anual no Oceano Ártico aumentou 10%, ou 460 quilômetros cúbicos.

Fonte: Site Tratamento de Água

Em mato Grosso o Rio Cuiabá, apresenta uma máxima entre 1.500 e 2.000 m³/s, tendo uma mínima superior a 100 m³/s devido ao controle do Manso.


O rio amazonas, na cidade de óbidus 700 Km da foz, apresenta uma vazão mínima de 85.500 m³/s, elevando-se na foz, para 205.000 m³/s no período de cheias. (A cidade de Óbidus está localizada na parte mais estreita e profunda do Rio Amazonas Óbidos, está localizado na chamada Garganta do Rio Amazonas, local onde o Rio se estreita (1.500m) e se aprofunda (93m).)


                                                       




O Rio madeira em sua foz apresenta uma vazão mínima de 8.500 m³/s, nele serão construidas as usinas de Jirau, e Santo Antonio.
                                                                  Medição da secção do Rio

quarta-feira, 16 de março de 2011

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

Um dos grandes desafios da engenharia de projetos é a que envolve as captações superficiais em rios, tendo em vista as condições de variações decorrentes do comportamento do ciclo de chuvas, da topografia, da condição do leito e margens, e do material flutuante e submerso transportado. Um exemplo destas complexidades é reunido pelos rios Vermelho em Rondonópolis, Cuiabá e Coxipó, em Cuiabá e Várzea Grande.



Quanto ao material transportado a areia tem destaque especial, tendo em vista o elevado nível de assoreamento sofrido pelos rios referenciados, exigindo em todas as captações um sistema permanente de retirada de areia quer seja com unidades móveis de dragagem e ou com instalações fixas de desarenadores. Nas instalações dotadas de tubulões, o assoreamento provoca uma redução de nível entre o leito e a entrada do tubulão facilitando a entrada de detritos que deveriam ser carreados no fundo. Já os materiais flutuantes os de maior impacto são decorrentes do transporte de grandes troncos, e galhos que devem ser suportados pela estrutura tendo em vista ser inviável o seu bloqueio a montante.





No que concerne a topografia, podemos ter uma margem definida no canal do rio, ou uma área espraiada na região convexa, em qualquer situação o projeto deve prever uma variação de nível de aproximadamente 10,0 m o que implica na alteração da curva característica nos períodos de seca e cheia, o que exige mecanismos de controle com o objetivo de manutenção de uma vazão constante em qualquer período e alteração da altura manométrica.



A mobilidade do Rio ainda deve ser considerada, em regiões onde pode ocorrer o aprofundamento do canal, ou formação de bancos de areia, e conseqüentemente a mudança dos níveis operacionais, podendo inclusive inviabilizar a instalação provocando insuficiência de submergencia; Assim tendo avaliado todas estas variáveis a captação pode ser concebida de forma direta ou indireta, sendo a primeira por meio de tubulão inserido no leito do rio, e a segunda por meio de canal ou duto de derivação, sendo que a solução deve derivar de uma análise econômica, tendo em vista que a variação de nível de 10,00m exige volumes de estrutura semelhantes, buscando principalmente a mobilidade dos equipamentos nos procedimentos de manutenção.

Conhecido estes graus de dificuldades, e custos envolvidos, muitas captações foram construídas sobre flutuadores o que imputa uma condição de precariedade, fragilidade, muita gambiarra, e dificuldades de manutenção em períodos de cheias, alem das instalações com apenas uma unidade operando e com reserva no almoxarifado protegido da ação de assaltantes.

























sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

VÓRTICE

BOMBEAMENTO DE FLUIDOS
VÓRTICE O INIMIGO NÚMERO 2

Um vórtice (ou vórtex) é um escoamento giratório onde as linhas de corrente apresentam um padrão circular ou espiral. São movimentos espirais ao redor de um centro de rotação.
Ele surge devido a diferença de pressão de duas regiões vizinhas. Quando isso ocorre o fluido tende a equilibrar o sistema e flui para esta região mudando, eventualmente, a direção original do escoamento e, com isso, gera vorticidade.
Eles são encontrados nos mais diversos locais da natureza, como correntes circulares de água vindas de marés conflitantes, como quando se mexe uma xícara de café, uma ilha no meio do oceano, furacões, tornados ou efeitos de ponta de asa. Este último é muito estudado pela indústria aeronáutica, pois sua geração aumenta o arrasto da aeronave. Esse efeito recebe o nome de arrasto induzido e é minimizado pela presença de empenamentos e winglets, que dificultam o deslocamento de ar.
Tecnicamente um vórtice pode ser qualquer escoamento circular ou rotacional que possui vorticidade. Vorticidade é um conceito matemático utilizado na dinâmica dos fluídos. Ela pode ser entendida como a quantidade de circulação ou rotação de um fluido por unidade de área de um ponto no campo de escoamento.
No estudos atmosféricos, vorticidade é uma propriedade que caracteriza a rotacionalidade em grande escala das massas de ar. Se a circulação atmosférica é aproximadamente horizontal, a vorticidade é aproximadamente vertical.


É sempre interessante verificar a direção que um fluído de vórtice toma, ou no sentido horário ou no anti-horário, muito depende da força que o provocou, mas em condições autônomas, ele sofre influência da rotação do planeta, fazendo com que os vórtices naturais do hemisfério norte girem no sentido anti-horário, e os do hemisfério sul no sentido horário. Jamais foi registrado um furacão que transpassasse o equador, porém se as forças que o criaram forem imensas, provavelmente ele se dissiparia tão logo se aproximasse dessa linha imaginária.
Quando o vórtice ocorre na entrada do crivo de uma bomba, o sistema perde rendimento, com significativa redução de vazão, portanto os projetos de bombeamento devem ser elaborados com prevenção para este problema, que identificamos como o inimigo número 2, das elevatórias. No video podemos observar um vórtice gerado pela passagem de água em uma galeria na estrada de Barão de Melgaço, é muito comum o vórtice ocorrer em captações flutuantes, quando temos forte correntezas, e baixa submergencia. O inimigo número 1, falaremos em nossa próxima postagem.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...